ATA DA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 24-3-2010.
Aos vinte e quatro dias do mês de março do ano de
dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto,
Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Lucio Barcelos, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta e
Pingo Vilar. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli
Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Elias
Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Pancinha, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Neuza Canabarro,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Toni Proença, Valter Nagelstein
e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados, pelo vereador João Carlos Nedel, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 031 e 035/10 (Processos nos
0797 e 0887/10, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos
159724 e 159725/09 e 1774/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib, Adeli Sell, Fernanda
Melchionna, Pingo Vilar, Lucio Barcelos, este pela oposição, Paulinho Ruben
Berta e Valter Nagelstein, este pelo Governo. Na oportunidade, o senhor
Presidente registrou a presença, neste Plenário, de representantes dos
servidores municipais de Porto Alegre. Também, o vereador Engenheiro Comassetto
formulou Requerimento verbal, solicitando que os representantes de servidores
municipais presentes neste Plenário fossem recebidos para reunião com a Mesa
Diretora, tendo o senhor Presidente designado o vereador Bernardino Vendruscolo
para que recebesse esses servidores em nome da Presidência desta Casa. Ainda, o
vereador Valter Nagelstein formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada
do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/09 (Processo nº 0614/05)
da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, em face
de Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor
Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação, nesta Casa, do Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 008/09. Após, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Valter Nagelstein, solicitando que o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 008/09 fosse retirado da priorização para a
Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e
aprovados os Requerimentos nos 001 e 005/10 (Processos nos
008 e 535/10, respectivamente). A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria
do vereador Tarciso Flecha Negra, solicitando Licença para Tratamento de Saúde
do dia de hoje ao dia trinta e um de março do corrente. Também, foram apregoados os seguintes Memorandos,
deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo: nº 003/10, de autoria do vereador Toni Proença,
no dia de amanhã, na homenagem ao transcurso dos oitenta e oito anos do Partido
Comunista do Brasil – PCdoB –, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul, em Porto Alegre; nº 029/10, de autoria do vereador Mauro Zacher,
no dia de amanhã, no Seminário Latino-Americano de Educação e Cultura, no
Município de Alegrete – RS –; nº 007/10, de autoria da vereadora Sofia Cavedon,
do dia vinte e oito de março ao dia primeiro de abril do corrente, na Conferência
Nacional de Educação, em Brasília – DF –; e nº 017/10, de autoria do vereador
Engenheiro Comassetto, do dia
vinte e dois ao dia de hoje, no V Fórum Urbano Mundial, no Município do Rio de
Janeiro – RJ. Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria do vereador
Waldir Canal, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando a retirada de
tramitação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 021/09 e do Projeto
de Lei do Legislativo n° 066/09 (Processos nos 3875 e 1639/09,
respectivamente). Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
275/01 (Processo nº 4195/01), após ser discutido pelos vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Valter Nagelstein, Reginaldo Pujol, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Airto
Ferronato e Luiz Braz. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº
275/01, os vereadores Mario Manfro e Mauro Pinheiro cederam seus tempos de
discussão, respectivamente, aos vereadores Luiz Braz e Engenheiro Comassetto. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 275/01, por vinte votos SIM e cinco votos NÃO,
em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello
Chiodo, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben
Berta, Pingo Vilar e Sofia Cavedon e Não os vereadores Haroldo de Souza, Luiz
Braz, Mario Manfro, Reginaldo Pujol e Toni Proença. Foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 275/01, por dezenove votos SIM e seis votos NÃO, em
votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello
Chiodo, Maria Celeste, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pingo
Vilar e Sofia Cavedon e Não os vereadores Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, Luiz Braz, Mario Manfro, Reginaldo Pujol e Toni Proença. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Engenheiro Comassetto,
solicitando a retirada do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/05 e
do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/05 (Processos nos
3243 e 7363/2005, respectivamente) da priorização para a Ordem do Dia da
presente Sessão. Também, foram aprovados Requerimentos de autoria do vereador
Waldir Canal, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 021/09 e do Projeto de Lei do Legislativo n°
066/09. Em prosseguimento, em face da Licença para Tratamento de Saúde do
vereador Tarciso Flecha Negra, do dia de hoje ao dia de hoje ao dia trinta e um
de março do corrente, o senhor Presidente declarou empossada na vereança a
suplente Neuza Canabarro, após a entrega de seu Diploma e Declaração de Bens,
bem como a prestação do compromisso legal e indicação do Nome Parlamentar,
informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura,
Esporte e Juventude. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo vereador
Ervino Besson, Vice-Líder da Bancada do PDT, informando o impedimento do
suplente Mario Pinto de Fraga em assumir a vereança do dia de hoje ao dia
trinta e um e março do corrente, em substituição ao vereador Tarciso Flecha
Negra. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 023/10 (Processo nº 1192/10),
após ser encaminhado à votação pelos vereadores Luiz Braz, Toni Proença, João
Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Haroldo de Souza, Alceu Brasinha, Adeli Sell,
Sofia Cavedon, esta pela oposição, e Valter Nagelstein, este pelo Governo. A
seguir, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Executivo nos
002 e 003/10, discutidos pelo vereador Reginaldo Pujol, e o Projeto de
Resolução nº 047/09. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Dr.
Thiago Duarte. Às dezesseis horas e cinquenta e um minutos, nada mais havendo a
tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro, Mario Manfro e Bernardino
Vendruscolo e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu,
Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, na data de ontem, há 39 anos, eu assumia o meu primeiro mandato de
Vereador, e cheguei ao décimo. Naquele dia, de improviso, eu falava as
seguintes palavras: “Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta tribuna e este
momento constituem para mim uma ocasião de fundamental importância, eis que
toda a minha vida pública tenho passado servindo o Poder Executivo, e, hoje,
nesta tribuna e neste momento, venho participar do Legislativo da minha Cidade
do coração, venho participar do Legislativo de Porto Alegre. Portanto, deste
momento em diante é que eu posso, realmente, considerar-me um homem público e o
faço, Sr. Presidente, sem compromisso de ordem pessoal, sem compromisso de ordem
particular. Vou defender aqui os interesses da comunidade, preocupar-me com os
problemas de nossa Cidade, pensando sempre nesta comunidade que precisa solução
para seus problemas. Tenho, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o meu conceito de
comunidade: comunidade não é o grupo A, B ou C, são todos os grupos do alfabeto
de A a Z, que somam a totalidade dos habitantes de Porto Alegre, cidade em que
me tornei homem, onde vi nascerem meus filhos e os vejo tornarem-se homens e
onde também recebi imensas manifestações de apreço e solidariedade. É com essa
gente que venho aqui assumir compromisso. Peço a Deus que me dê sabedoria e
descortínio para que eu possa melhor conhecer os problemas desta Cidade. Peço a
Deus que me dê forças para lutar por suas soluções. Quero agradecer pelas
palavras muito bondosas que foram dirigidas à minha pessoa, em nome desta Casa,
pelo ilustre Ver. César de Mesquita. Procurarei, pelo meu trabalho, compensar
todas as minhas deficiências que, inevitavelmente, terei nas novas funções que assumo.
Procurarei, com a minha dedicação ao trabalho, encontrar as soluções para os
problemas com que me defrontarei. Aproveito também a oportunidade para pedir
aos nobres Vereadores que me perdoem toda e qualquer dificuldade que eu possa
trazer ao trabalho dos senhores. Prometo compensar as ineficiências e
dificuldades com meu trabalho. Era só. Muito obrigado.”
Essas foram as palavras que eu pronunciei e das
quais eu não me afastei em momento nenhum. Até hoje, coloco, e continuarei
colocando, enquanto aqui estiver, em primeiro lugar, os interesses da
coletividade como um todo. Saí licenciado para ser Diretor-Geral do DMAE, para
ser Secretário Municipal de Transportes - ambos os cargos eu já havia ocupado
-; saí para ser Secretário de Obras, Secretário do Governo e depois Prefeito.
Nunca deixei de sentir que esta é a Casa do Povo, é a síntese democrática de
todos os cidadãos, e é com esta gente que eu tenho compromisso. Tenho
compromisso com todos os cidadãos de Porto Alegre e procuro servi-la da melhor
maneira possível.
Sei que Porto Alegre tem muitos problemas, alguns
grandes e outros pequenos, mas quando assumi a Prefeitura, disse que o
somatório dos pequenos problemas é o grande problema de Porto Alegre. E é
verdade: a árvore que está atrapalhando a sinalização, o buraco na rua, a luz
apagada, a calçada malcuidada, o lixo depositado indevidamente, tudo isso
representa um grande problema, se nós somarmos todos eles. E cada um que tem um
problema acha que o seu é o maior de todos.
Nós devemos, sim, fazer todo o esforço para buscar
a solução, e é isso que a Casa tem que fazer. Tem que haver fraternidade, tem
que haver solidariedade, tem que haver responsabilidade para que nós possamos
enfrentar os problemas que Porto Alegre tem que enfrentar, e serão muitos. Nós
estamos todos à disposição, e eu tenho a certeza de que nós todos queremos o
bem comum desta Cidade. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras, senhores,
esta Casa sempre teve um profundo respeito aos outros poderes. Neste momento, o
ex-Presidente da Câmara Municipal, Ver. Sebastião Melo, está no Tribunal de
Contas do Estado respondendo a uma questão passível de 50 mil reais de multa,
porque os Vereadores não entregaram a planilha de gasolina. E isso, porque uma
pessoa tinha anotado a questão. O Ver. Nedel e eu fomos ao Tribunal, o
Presidente nos disse que isso era uma questão de menor importância. Pois eu
quero saber, com todo o respeito ao Tribunal de Contas, o que vai acontecer?!
Nós usamos a gasolina para as nossas atividades. Então, como perguntar não
ofende, eu pergunto, Ver. Lucio Barcelos: o que está acontecendo? Como eu
também pergunto - eu sou Presidente do Partido dos Trabalhadores de Porto
Alegre, não sou moleque, sou um Vereador de quatro mandatos, e responsavelmente
a minha Bancada e o meu Partido lançaram um documento, e aqui eu quero falar de
coração, de peito aberto, olho no olho dos companheiros do PMDB que pediram a
apreensão desse documento - ao Tribunal Regional Eleitoral: há alguma inverdade
em que a Polícia Federal está investigando o caso Sollus? Há alguma inverdade
em que o Ministério Público abriu uma sindicância? O Ver. Engenheiro
Comassetto, meu Líder, mostrou aqui o documento em que o Vice-Procurador do
Ministério Público mandou o processo adiante. Nós estamos mentindo? Como se dá
uma liminar para recolher e apreender este documento? Há alguma coisa mentirosa
aqui? Há campanha eleitoral aqui? Agora, eu vejo carros na garagem da Câmara
com campanhas explícitas, e não sou eu, como Presidente do PT, que vou fazer
denúncia. Não sou eu que fiscalizo essa questão, é o Tribunal de Contas, é o
Tribunal Regional Eleitoral que tem que cuidar, é pago para isso, tem CC para
isso, tem gasolina para isso. Eu quero dizer às senhoras e aos senhores, ao
povo de Porto Alegre, que a ditadura terminou! Eu não temo processos e quero
dizer que o macartismo foi enterrado na década de 50, a ditadura foi enterrada
na década de 80! Eu lutei pela democracia, e tem gente neste Plenário, como o
Ver. Lucio Barcelos, que foi perseguido e preso pela ditadura, assim como eu
que estive nos cárceres da Polícia Federal no período da ditadura! Eu não vou
tolerar, porque eu sou um homem de bem, fui eleito democraticamente Presidente
do Partido, eu tenho aqui comigo uma Bancada de sete Vereadores que receberam
votos como os senhores receberam! De um lado, sai uma notícia na imprensa, Ver.
Melo, sem ter decisão, de que está respondendo processo a Câmara de Porto
Alegre. É justo? Poderia ter saído uma nota, hoje, dizendo que o Ver. Adeli
Sell, Presidente do PT, teve o jornal do Partido apreendido, por liminar! Não
tem julgamento! Eu pergunto: é justo ir à sede de um Partido, é justo vir aqui
na Câmara apreender sem o Presidente do Partido ser notificado? Se isso é lei,
eu quero Deputados Estaduais, eu quero Deputados Federais mais ativos! Repito:
mais ativos! Talvez alguns estejam chocados com o teor, com o jeito de eu
falar, mas não me calarão! Não me clarão nesta tribuna, enquanto eu for
Vereador eleito pelo povo de Porto Alegre! Não me calarei! Eu estou respondendo
um maldito processo por ter uma opinião num jornal sobre o Morro do Osso! ... (Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.) (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores, colegas
Vereadoras, eu queria fazer uma saudação muito especial, em nome do PSOL, aos
colegas municipários, padrão II, que hoje estão aqui na Câmara Municipal, pois
são eles que, no dia a dia constroem esta Cidade, são eles que, no dia a dia,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, trabalham oito horas para receber
um salário-base de 443 reais. Eu peço a atenção dos Vereadores e das
Vereadoras, porque este assunto, para nós, do PSOL - para mim, para o Ver.
Lucio Barcelos e para o nosso Líder, Ver. Pedro Ruas -, é muito sério. Na
segunda-feira estivemos na assembleia dos trabalhadores padrão II, no Sindicato
dos Municipários da nossa Cidade; e na segunda-feira fiz um pronunciamento,
nesta tribuna, Ver. Carlos Todeschini, sobre a vergonha que é a Prefeitura de
Porto Alegre, a vergonha que tem que ter o Prefeito Fogaça de pagar para os
seus trabalhadores um salário-base inferior ao salário-mínimo. Inferior ao
salário-mínimo, Ver. Beto Moesch! Quinhentos e dez reais é o que os
trabalhadores conquistaram como o mínimo que um trabalhador no Brasil pode
ganhar. O valor mínimo que alguém pode ganhar na República Federativa do Brasil
é 510 reais. Como pode um Prefeito de uma Capital do tamanho de Porto Alegre
pagar menos do que um salário-mínimo como salário-base para esses
trabalhadores? Como pode um Prefeito não ter vergonha de fazer esse absurdo? No
ano passado, esses mesmos trabalhadores lotaram esta Câmara para exigir a
incorporação no salário, do que depois virou um abono. E virou um abono, porque
o Prefeito não quer se comprometer com a previdência desses municipários, não
quer se comprometer que as horas extras sejam vinculadas ao salário-mínimo. Na
verdade, o abono é uma burla da Constituição trabalhista. E mesmo o abono,
hoje, está defasado em 60 reais. O que era para ser 40 reais virou 18, Ver.
Lucio Barcelos. Nós voltamos chocados da assembleia! Como podem os operários da
manutenção, aqueles que capinam a nossa Cidade, aqueles que trabalham oito
horas sob chuva, sob sol, que prestam um serviço de qualidade para a população
de Porto Alegre, serem tão desrespeitados pela Prefeitura Municipal? O mesmo
Prefeito que diz que não tem dinheiro para incorporar o salário básico, no
mínimo, ao salário-mínimo. No mínimo, porque um trabalhador como vocês deveria
ganhar, no mínimo, como salário-base, mais de mil reais. Mas, infelizmente,
esse Prefeito que diz que não tem dinheiro, gasta 30 milhões com os cargos de
confiança, com os “amigos do rei”. Este mesmo Governo, que diz que não tem
dinheiro para dar aumento real, querido Mário, Vice-Presidente do Simpa, que
nos honra com a sua presença, gasta 16 milhões com publicidade, fazendo
propaganda da cidade de Porto Alegre, das coisas que ele diz que faz, porque
falta dinheiro para o básico. Este mesmo Governo tem nove milhões e meio
desviados dos cofres da Saúde, do Programa de Saúde da Família que atende à
população de baixa renda da nossa Cidade. Este mesmo Governo, que diz que não
tem dinheiro para dar reajuste para esses trabalhadores, faz propaganda dizendo
que economizou 500 milhões de reais para fazer empréstimo com os bancos
internacionais, enquanto esses trabalhadores não têm um salário digno.
Eu queria mostrar aqui, e peço que filmem, o
contracheque desses trabalhadores. (Mostra contracheque.) Quatrocentos e quarenta
e três reais de salário- base. Porque é assim no Governo do Fogaça. Para os
“amigos do rei”, para os Partidos, para aqueles que estão no seu apoio, pode,
tem. Porque lá tem 30 milhões em Cargos de Confiança, Ver. Paulinho Ruben
Berta, mas para os trabalhadores que ficarão, que não são parte, que são
superiores a qualquer Governo, dão um salário de fome. Como pode? Gostaria de
fazer esta pergunta para o Prefeito Fogaça. Como o senhor pretende se
candidatar a Governador do Rio Grande, se nem os trabalhadores de Porto Alegre
o senhor trata com respeito?
Pela incorporação, já, do salário-base... (Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pingo Vilar está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PINGO
VILAR: Sr. Presidente desta Casa, Ver. Nelcir Tessaro, do PTB; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o meu pedido para manifestação se origina no fato
de ser este o meu último dia como substituto do Ver. DJ Cassiá.
Minha primeira intenção é agradecer a todos os
Vereadores desta Casa pela paciência e pela colaboração que a mim dispensaram.
Senti-me muito à vontade e muito agradecido a todos os Vereadores. O meu melhor
agradecimento a todos vocês.
Gostaria de deixar registrada a minha satisfação e
honra de ser um cidadão porto-alegrense, e poder dar parabéns pelos 238 anos à
minha Porto Alegre, uma cidade que cresce, mas de forma ordenada, graças ao
empenho de todos os setores do Poder Público, bem como graças ao olhar crítico
e vigilante de nossas comunidades.
Estou muito feliz, Sr. Presidente, porque, nos dias
em que aqui estive, além de muito aprender com cada um dos senhores, tive a
honra de haver protocolado dois Projetos de Lei: um trata de instituir a
matéria de Informática no currículo escolar; o outro, obriga empresas que
recebem incentivos municipais a reservarem 10% de suas vagas de trabalho ao
Programa Primeiro Emprego.
Durante várias tratativas que nesta Casa fiz,
solicitei também a aceleração do processo para que a duplicação da Av. Edgar
Pires de Castro começasse o mais rápido possível. Fui abençoado com a honra do
convite que partiu do Secretário de Obras, Dr. Goulart, do PTB, para participar
da solenidade da entrega de 68 casas no Porto Seco. Eu me emocionei muito com
aquele momento! Peço a gentileza de que seja mostrada e registrada a entrega
que tive o privilégio de fazer junto com o Secretário Goulart, porque não há
como negar que uma casa é o projeto de vida da maioria das pessoas. Durante a
minha estada nesta Casa, encaminhei Ofício ao Exmo Sr. Prefeito José
Fogaça com uma antiga reivindicação da comunidade da Restinga e do Extremo Sul,
que é a construção de um anfiteatro com concha acústica na Esplanada da
Restinga. Nessa senda visitamos o Senador Sérgio Zambiasi, que já se colocou
como um dos apoiadores incondicionais da ideia. Contamos também com o
Secretário de Obras e Viação do Município, Secretário Maurício, o qual
determinou a confecção do projeto arquitetônico. Por fim, nos reunimos com o
Secretário da Cultura, Sergius Gonzaga, que se entusiasmou com a ideia e já
declarou que fará todo o esforço para que o projeto se torne uma realidade.
Quero aproveitar este momento para parabenizar
todas as lideranças comunitárias que tanto lutam pelo crescimento e pelo
melhoramento do bairro Restinga, do Extremo Sul e de Porto Alegre no geral. Que
Deus abençoe a todos, que ilumine cada vez mais os trabalhos desta Casa. Um
forte abraço a todos os Vereadores, que fazem parte de uma construção para uma
Porto Alegre melhor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Lucio Barcelos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. LUCIO
BARCELOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, companheiros
municipários que vêm trazer a esta Casa os problemas que estão enfrentando
neste momento, e que vêm de longa data, e não só ligados à questão salarial,
mas às questões do dia a dia vinculadas às condições de trabalho.
Eu gostaria de usar este tempo, Sr. Presidente,
para duas questões. A primeira, que hoje finaliza o prazo de 15 dias de Licença
do Ver. Pedro Ruas, então, estou terminando a minha participação aqui nesta
Casa. Portanto, eu gostaria de deixar o meu agradecimento pela compreensão dos
companheiros Vereadores e Vereadoras, pelo tempo de convivência que tivemos
aqui nesses 15 dias. Foi um aprendizado para mim, aprendemos com cada um dos
colegas Vereadores e Vereadoras, independente das divergências políticas. Penso
que conseguimos acumular e aprender nesses processos de discussão democrática.
Em segundo lugar, gostaria de acompanhar as
palavras do Ver. Adeli Sell e repudiar, de uma forma veemente, a apreensão
desse boletim da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Não existe nada que
justifique que o Tribunal Regional Eleitoral assuma ou tome uma medida de força
como essa. É um boletim democrático que expressa uma posição, e todos nós aqui temos o direito de divergir, de expressar as nossas posições.
Então, acompanho a fala do Ver. Adeli, repudiando a manifestação do Tribunal
Regional Eleitoral.
Em relação às
questões que dizem respeito à minha área, a área da Saúde, hoje, ao abrir o
jornal Zero Hora, eu deparei com um artigo escrito pelo Secretário interino da
Saúde, Dr. Seligman, e tenho profundas divergências quanto ao conteúdo do
artigo. Já redigi um artigo e o encaminhei para o jornal Zero Hora, porque esse
Secretário tenta, por meio de algumas medidas pontuais, com as quais concordo,
fazer parecer que os problemas da área da Saúde de Porto Alegre estão sendo
encaminhados de uma forma correta, e eu não compartilho dessa opinião, em
absoluto: acho que temos, em Porto Alegre, um sucateamento profundo, um descaso
da Administração, uma permanente superlotação das Emergências, a falta dos
medicamentos desde os mais comuns que deveriam estar na rede - eles não existem
na rede ambulatorial da Cidade. Mais grave do que isso - e temos dito aqui - é
o problema crônico das filas, onde os idosos e os pobres passam horas e horas a
fio para conseguir uma consulta médica, quando conseguem.
Então, acho que há
questões estruturais no Sistema de Saúde do Município de Porto Alegre que não
estão sendo tocadas. Mesmo que se façam pequenas reformas ou pequenas mudanças,
que são necessárias, isso não é suficiente, não vai resolver o problema do
Sistema de Saúde de Porto Alegre. Para resolver este problema, temos que fazer
uma mudança profunda no sistema, bastando que o Município faça aquilo que
estamos sempre dizendo: que cumpra a Constituição Federal brasileira, onde
consta que o Sistema de Saúde Brasileiro tem que ser público, estatal - ele é
complementarmente privado -, e não como é hoje, efetivamente, um sistema
privado, complementado pelo sistema público.
Então, acho que, se
não enfrentarmos esta questão de frente, se não nos mobilizarmos, se a
sociedade do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre e do Brasil não se mobilizar,
não vamos conseguir fazer com que esse sistema funcione de uma forma adequada e
atenda dignamente à população.
Queria, mais uma vez,
agradecer pela compreensão de todos os Vereadores, meus companheiros e
companheiras. Até uma próxima oportunidade! Espero que amanhã o Ver. Pedro Ruas
retorne e, como todos sabemos, continue representando o PSOL nesta Casa de uma
forma digna e coerente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver.
Paulinho Ruben Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr.
Presidente, Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, eu
gostaria de lhe dizer, meu amigo, Ver. Pingo Vilar, que é desejo deste Vereador
que muito em breve V. Exª retorne a esta Casa em definitivo, porque a parceria
comunitária nesta Câmara é de fundamental importância para o desenvolvimento de
Porto Alegre, principalmente da periferia, onde estão os locais mais carentes
de representatividade junto a esta Casa e junto aos Governos, enfim, junto às
autoridades, principalmente para investimentos.
Quero também saudar
Porto Alegre pelos 238 anos. Fiquei mais feliz ainda ao visitar a exposição no
Gasômetro, que nos proporciona realmente uma visão de futuro e a ideia de que
não é somente o passado da nossa Cidade que é importante. É de fundamental
importância esse passado, mas temos um planejamento de futuro nesta Cidade que
é muito importante. A exposição faz com que possamos visualizar não só 2014 e
2016, mas o futuro, com a qualidade de vida trazida pelos investimentos que
estão sendo feitos.
Em terceiro lugar,
gostaria de reconhecer o trabalho do Secretário Osmar Terra e da Governadora
Yeda Crusius e agradecer a eles, porque durante muito tempo nos sentimos
abandonados, principalmente na Zona Norte, e, agora, parece que a gente
conseguiu, com essa vinda à Câmara, formar parcerias para os investimentos. No
dia 17, foi assinada a ordem para o início da construção de um ginásio com 950
metros, no Conjunto Residencial Rubem Berta. Mas continuamos trabalhando - é um
trabalho de muito tempo - por instalações de saúde naquela região,
principalmente. E, hoje, tivemos a grata surpresa de saber que está sendo
concretizada uma solicitação deste Vereador para a instalação de mais uma UBS
naquela comunidade; hoje saiu a licitação.
Peço, principalmente
ao Ver. Pujol, que nos ajude para que empresas se habilitem rapidamente a
construir essa obra lá, pois a necessidade é muito grande.
Mais uma vez, meus
colegas, quero salientar a felicidade deste Vereador e a felicidade daquela
região que, nessa carência toda de saúde, vai ter mais uma Unidade Básica de
Saúde - UBS -, trabalhando em seu favor. Parabéns ao Rubem Berta, parabéns aos
moradores, parabéns a Porto Alegre!
Talvez estejamos
entrando num caminho muito perigoso, que é o de só levantar as mazelas da
Cidade, só levantar defeitos na nossa Cidade; talvez tenhamos que começar a
olhar as virtudes da nossa Cidade, o que está sendo proposto para a nossa
Cidade, o que está sendo construído para a nossa Cidade. Porto Alegre se
prepara para 2014 e 2016, com um belíssimo trabalho, que vai nos levar ainda
mais ao mundo, trazendo, de lá para cá, diversas pessoas que precisam levar um
conceito de cidade, que é para todos.
Então, este Vereador,
hoje, sente-se muito feliz, justificadamente, por compreender que esse trabalho
está sendo realizado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Ver.
Nelcir Tessaro, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
público que nos acompanha nas galerias, senhoras e senhores, o Estado
Democrático de Direito implica que cada instituição atue na sua esfera, no seu
âmbito, na sua competência, regida, a partir de uma lei maior que se chama
Constituição Federal. Isto é uma construção do ponto de vista histórico
relativamente recente: 200, 300 anos. A partir de Montesquieu foi que se criou
essa divisão de poderes e competências. Existem, nesta divisão de poderes e
competências, Ver. Pujol - V. Exª, que é conhecedor dessa matéria como poucos
no nosso Parlamento e que tão bem nos ilumina na nossa Comissão de Constituição
e Justiça, da qual, infelizmente, não faço parte neste ano -, existem as
ferramentas - Ver. João Dib, que também é dominante deste assunto - de pesos e
contrapesos. É a respeito disso que eu gostaria de falar nestes poucos minutos.
Primeiro, tem-me
causado uma certa apreensão - aí eu vou um pouco na linha da fala do Ver. Adeli
Sell - o papel de uma instituição relativamente recente, que se chama Ministério
Público. Eu tenho grande respeito pelo órgão do Ministério Público, mas o órgão
do Ministério Público, pela sua natureza, é um órgão acusador. Na República
brasileira, a partir da Constituição de 1988, se deu a ele outro caráter, que é
esse, também, de fiscal da lei. E, a partir daí, nós temos testemunhado
cotidianamente, não só o exercício das funções constitucionais, legais,
institucionais do Ministério Público, que todos nós devemos aplaudir, porque
elas são saudáveis, elas contribuem nessa tarefa de pesos e contrapesos que o
Estado Democrático de Direito precisa ter, mas nós também temos assistido a
abusos. E esses abusos, Ver. Lucio, quando em vez, invadem searas de outros
Poderes. E, muitas vezes, agentes do Ministério Público - e esta é uma reflexão
importante que precisa ser feita -, agentes do Ministério Público, sob a
alegação da autonomia e da independência funcionais, desrespeitam exatamente
essa autonomia e essa independência que julgam defender. E, assim, invadem
áreas do Executivo, assim invadem áreas do Legislativo, inclusive tentando
sentar na cadeira do Juiz, muitas vezes, jurisdicionando. E eu acho que é
importante aos Poderes constituídos marcarem os seus espaços, terem voz forte e
voz ativa. E falo isso, Srs. Vereadores, porque nós recebemos - a Mesa recebeu
- uma recomendação, subscrita por vários Promotores, recomendando como os
Vereadores deveriam votar! Alto lá! Alto lá! Nós temos autonomia, nós temos
independência e nós temos a legitimidade do voto popular! Portanto, ninguém,
sob qualquer argumento ou qualquer alegação, pode constranger os Vereadores,
constranger as suas consciências, que são sagradas, ou a sua palavra nesta
tribuna, que também é sagrada, dizendo de que forma o Vereador deve pensar, de
que forma deve falar ou qual voto deve proferir. Este é um direito sagrado do
Vereador, do poder Parlamentar e que a Constituição preserva, e assim deve ser.
Também eu quero falar
a respeito da busca e apreensão do panfleto do Partido dos Trabalhadores
deferida pela Justiça Federal. (Mostra panfleto.) Há poucos dias, nesta
tribuna, disse que lamentava que talvez essa experiência fosse uma capitis diminutio ao Ver. Adeli Sell,
brilhante Vereador, ser Presidente do Partido dos Trabalhadores e se prestar
para isso. Pois, agora, vem a Justiça Eleitoral e determina a busca e
apreensão. Por quê? Porque aqui estava presente tudo aquilo que nós
denunciamos: aqui existem inverdades, aqui existem injúrias, aqui existem
calúnias proferidas contra a nossa Administração e contra o Prefeito José Fogaça.
E conhecendo dessas inverdades, foi que a Justiça Eleitoral, numa decisão
acertada, determinou a busca e a apreensão desses materiais. Eu espero que não
se distribuam mais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu quero registrar, entre nós, a presença dos
municipários, colegas do DEMHAB, do DMLU, do nosso vice-presidente, Ver. Mario
Manfro. Sejam bem-vindos à Casa, estamos sempre à disposição.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Prezado Presidente, justamente a comissão dos
municipários que está aqui, na representação da sua entidade, o Simpa, vem a
esta Casa para pedir um diálogo com a Mesa Diretora e com os Vereadores.
Portanto, encaminho a V. Exª que possamos recebê-los, para construirmos uma
agenda, para fazermos o debate que eles trazem aqui a respeito dos seus
salários. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Nós estamos na quarta-feira, dia em que costumamos
não dar representação para que os Vereadores se desloquem para outros eventos,
mas, de antemão, estamos designando o Ver. Bernardino Vendruscolo, que é o 1º
Secretário desta Casa, para que receba a direção do Simpa, e, se quiserem,
também, os municipários, no Salão Nobre. Ver. Bernardino Vendruscolo solicito
que V. Exª acompanhe a comissão que está presente, para ouvi-los, em nome da
presidência.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN (Requerimento): Eu gostaria de requerer a V. Exª a retirada da
priorização do PLCL nº 008/09, de minha autoria, que é o primeiro que está na
Ordem do Dia, atendendo a um pedido dos segmentos produtivos que me solicitam
uma vez mais - eu já havia atendido a esse pedido, não fui procurado -, mas no
dia de hoje, o presidente do Sindicato dos Bares, Hotéis e Restaurantes
procurou-me e pediu que conversássemos melhor, fizéssemos alguma construção.
Então, a partir disso, eu requeiro a V. Exª a retirada de priorização do PLCL
nº 008/09.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Tão logo passemos à Ordem do Dia, colocaremos em
votação o seu Requerimento.
Havendo
quórum, passamos à
ORDEM
DO DIA
O SR.
REGINALDO PUJOL (Esclarecimento): Sr. Presidente, eu observo o seguinte, Vereador, e
quero que a Mesa, antes de encaminhar o Requerimento do Ver. Valter, proceda
aos devidos esclarecimentos. Salvo algum equívoco, consta aqui no nosso avulso
de que foi encaminhada a matéria pelos Vereadores Nagelstein, Brasinha, Mauro
Pinheiro e Dr. Raul. Se foi encaminhada, é porque está em votação; se está em
votação, data venia, Sr. Presidente,
parece-me que não cabe mais a retirada da matéria. Eu peço que seja esclarecido
este fato.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Exatamente, V. Exª tem razão, Ver. Reginaldo Pujol,
já houve encaminhamentos.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN (Requerimento): Sr. Presidente, tem razão o Vereador, realmente foi
um lapso. Eu requeiro a V. Exª, então, a retirada de priorização do PLCL nº
008/09 no dia de hoje. Dessa forma, sim, nós poderemos avançar.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento do Ver. Valter
Nagelstein. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 001/10 – (Proc. nº 008/10 – Ver. Beto
Moesch) – requer a realização de Sessão
Solene, no dia 17 de agosto, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso
dos 100 anos da Arquidiocese de Porto Alegre.
REQ. Nº 005/10 – (Proc. nº 0535/10 – Ver.
João Antonio Dib) – requer a realização
de Sessão Solene, no dia 4 de maio, às 17 horas, destinada a assinalar o
transcurso do Dia da Mães.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação, em bloco,
os Requerimentos nº 001/10 e nº 005/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
A Mesa apregoa pedido de Licença para Tratamento de
Saúde, no período de 24 de março a 31 de março de 2010, do Ver. Tarciso Flecha
Negra.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4195/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 275/01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe
sobre o uso obrigatório de bolsa coletora de fezes para cavalos que circulam em
locais públicos no âmbito do Município. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Mario Fraga: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEDECONDH.
Relatora Verª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM.
Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 275/01. (Pausa.) O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 275/01.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quando
propus, e foi aprovada, a Lei que manda recolher os dejetos fecais de animais
na cidade de Porto Alegre, fui alvo de algumas chacotas e algumas brincadeiras
ridículas. Mas quero dizer aos senhores que, graças a isso, a cidade de Porto
Alegre está melhor. Vejo as pessoas andando pelas ruas, com saquinhos na mão,
para recolher os dejetos fecais de seus cachorros. E vejo, também, que algumas
empresas colocaram vários receptáculos na cidade de Porto Alegre com a mesma
finalidade.
Está muito melhor Porto Alegre sem dejetos fecais
de cachorros nas ruas.
Em Roma, na frente do Capitólio, os cavalos que
ficam nas charretes para os passeios têm bolsa coletora. E há duas cidades no
Brasil que já fazem isso - e copiaram de mim -, uma cidade em Minas, e outra em
Santa Catarina; pediram aqui.
E nós já estamos aqui há oito anos para votar este
Projeto. Podem fazer gracinhas, e até houve uma jornalista - que se acha a
rainha da cocada -, que, na época, fez chacotas comigo, e com alguns outros
Vereadores, por causa de alguns projetos.
Mas os que têm a sensibilidade das coisas, da
limpeza, da organização, da estética urbana, sem dúvida nenhuma, vão concordar
que eu tenho razão, mas também não ficarei chateado se o Projeto não passar.
Afinal de contas, esta é uma Casa democrática, diferentemente de algumas
instituições nas quais ainda existem reis e capitanias hereditárias.
Aqui, reina a democracia. Viva a democracia, viva a
liberdade! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir o PLL nº 275/01.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, querido Ver. Adeli Sell, eu sou claramente favorável ao seu Projeto
e tenho certeza absoluta de que a Bancada do PTB também o será, porque V. Exª
está fazendo um trabalho de limpeza da Cidade. Isso é muito importante, porque
quando passa um cavalo deixando seus dejetos no asfalto, o cheiro é
insuportável. Eu só fico preocupado, Vereador, em saber quem é que vai fabricar
essas bolsas coletoras. Quem será?
Mas quero dizer que vou votar com V. Exª e gostei
do Projeto. Tenho certeza absoluta que o senhor está pensando no bem da Cidade.
Não vamos atrás de uma jornalista que vem querer fazer gracinha. Eu duvido que
se passar uma carroça na frente da casa dela, e ficar meia hora ali, ela não vá
reclamar do cheiro dos dejetos do cavalo. Aí, ela vai saber reclamar! Então,
ela não pode fazer brincadeira com um Vereador que está aqui pensando na
qualidade de vida do cidadão de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
discutir o PLL nº 275/01.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Ver. Adeli, nós precisamos ter
coragem. E coragem não lhe falta! Nós discordamos em muitas coisas, concordamos
em outras, e nesta questão concordamos plenamente, inobstante alguns busquem
nos ridicularizar de quando em vez. Ossos do ofício, não é, Ver. Haroldo de
Souza? Faz parte!
O Projeto do Ver. Adeli é extremamente meritório.
Em todos os lugares, pelo menos nos locais mais desenvolvidos do mundo, existe
esse dispositivo. É uma espécie de saco de náilon, do mesmo material dos sacos
que substituíram os antigos sacos de estopa; não é descartável, ele é
reaproveitável; não há razão para que seja descartável. Ele é preso nos arreios
do animal e visa resguardar o meio ambiente, o ar que se respira na Cidade. Tem
razão o Ver. Brasinha, muitas vezes fica um odor insuportável; suja, é feio, é
ruim. E por essas questões toda eu acredito que o Projeto é bom, é meritório.
Volto a dizer, em qualquer lugar que se vai, basta abrir um pouquinho a janela
dos nossos olhos para o mundo, nós vamos ver esses dispositivos. Em Nova Iorque
é muito bonito, quem vai lá, gosta de passear, até pode pegar uma carruagem
daquelas para dar uma volta, e quem vem para cá vê que aqui as pessoas não
aplicam essas coisas; lá tem esse dispositivo que preserva a limpeza da cidade,
porque depois que o cavalo faz a sua necessidade, infelizmente não tem quem vá
lá limpar, e o carroceiro, muitas vezes, não se encarrega de fazer essa
limpeza.
Então, como a nossa tarefa aqui é regular a
convivência do cidadão no nosso meio ambiente, que é a cidade, eu acho que o
Projeto de Lei do Ver. Adeli vem até em hora tardia, já era para nós termos
regulamentado essa questão. Pelo que, eu não sei se outros Vereadores vão
discutir, e acho até que não merece maiores discussões, porque é um Projeto que
já deveria estar, sim, em vigência em nossa Cidade, senão por iniciativa de um
Parlamentar, pelo próprio Poder Executivo que deveria, por Decreto, lá no
âmbito do DMLU, já ter regulamentado essa questão.
Então, parabéns, Ver. Adeli, tem o meu voto, tem o
meu apoio e eu espero que a nossa Bancada de Governo também apoie V. Exª. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 275/01.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, tem razão o Ver. Valter Nagelstein, quando cumprimenta o Ver. Adeli
pela sua coragem de propor este Projeto de Lei. O Vereador é propositivo e
enfoca uma matéria que é objeto de muita discussão na Cidade, e o faz no ano de
2001, Ver. Dib, e hoje nós estamos em 2010; nove anos depois nós encaminhamos
para debater, para decidir esta matéria, e espero que se decida.
É evidente que não é só de coragem que a ação
legislativa irá se desenvolver, ela precisa, sobretudo, de bom-senso. Eu estive
lendo - não me lembro do que aconteceu há dez anos -, por que esta matéria está
caminhando tão devagar. E vi, por exemplo, que o próprio Ver. Adeli Sell já
providenciou uma Emenda, a de nº 01, dizendo que (Lê.): “Se excetuam das
exigências constantes no caput as
manifestações culturais, eventos e comemorações realizadas com a participação
de cavaleiros, ficando a limpeza dos logradouros públicos utilizados sob a
responsabilidade dos organizadores do evento, sob pena de aplicação de multa
prevista nesta Lei”. Diz ainda (Lê.): “O artigo 2º terá a seguinte redação:
‘Considera-se bolsa coletora, para efeito desta Lei, todo e qualquer recipiente
capaz de armazenar os excrementos com higiene e segurança até o seu destino
final”. O Ver. João Dib, muito atento, como sói acontecer, já há algum tempo,
depois que na Comissão de Constituição e Justiça o Ver. Estilac Xavier tendo
proposto a aprovação da matéria, com o voto de restrição do Ver. Luiz Braz,
isso lá em 21 de março de 2002, quando a matéria é encaminhada à Comissão de
Finanças, o Ver. João Dib faz a seguinte manifestação, Ver. Dr. Raul (Lê.):
“Tratando o Projeto de matéria de utilização de poder de polícia do Município e
de polícia administrativa, não deveria o mesmo estar enquadrado no Código de
Postura do Município e, por conseguinte, ser encaminhado como Lei
Complementar?” É uma pergunta, um questionamento.
(Lê.): “Segundo, em nenhum momento, o autor
esclarece onde deverá ser usada a bolsa coletora de fezes de cavalo nem se
existe tal material no mercado à disposição dos usuários”.
Então, onde deverá ser colocado, se é que existe
esse material? Aí, na ocasião do Ver. João Dib, é respondido pelo Ver. Adeli
Sell, dizendo (Lê.): “A Emenda nº 01 aperfeiçoa o Projeto, definindo o que é
bolsa coletora e estabelecendo para conveniente execução ou exceção ao
regramento geral. Outrossim, é importante informar que já existe bolsa coletora
para venda no mercado”. O Ver. Dib, na Comissão de Finanças, relata a matéria
pela rejeição, dizendo, numa simples frase, o seguinte (Lê.): “No entendimento
deste Vereador, o Projeto de Lei, se aprovado, é de difícil aplicação, se não
inviável”. Aí se estabelece a polêmica, Ver. Nagelstein. A coragem do Ver.
Adeli Sell em propor, precisa enfrentar a superação dessas alegações que são
colocadas, Sr. Presidente, pelas ponderações dos Vereadores, que já referi.
No espaço de cinco minutos de que dispus, sem me
aprofundar no exame da matéria, o que quero ainda fazer, se possível, durante a
discussão, já que o meu tempo está em vias de se esgotar, e eu não quero, no
primeiro dia em que isso se realiza, incidir contra o Regimento da Casa.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mario Manfro assume a presidência.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para encaminhar
a discussão do PLL nº 275/01.
O SR. DR.
RAUL: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro, na companhia do ilustre Vice-Presidente
Ver. Mario Manfro, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, aqueles que nos
assistem, eu fiz questão de vir aqui me somar a essa matéria, no sentido de
apoiar essa iniciativa do Ver. Adeli, em função do que ela traz, também, de
benefício para a saúde, para o meio ambiente, questões essas que todos nós
temos a ver, todos os dias. Também me recordo, e me vem à mente o Projeto das
Carroças, aprovado aqui nesta Câmara, no qual o meu voto foi desfavorável, foi
contrário na ocasião, que estipulava que as carroças devem ser retiradas de
Porto Alegre num período de oito anos. Já decorreu um período importante; mas o
que vem acontecendo? O meu voto, na época, foi desfavorável por quê? Porque eu
tenho uma vivência muito grande nas vilas da nossa Cidade, e sei da necessidade
social que representa àquelas pessoas que saem lá da Ilha dos Marinheiros, que
saem da Zona Norte, da Zona Sul, e que dependem da carroça para a
sobrevivência. Ninguém sai das ilhas, às 5 horas da manhã, para fazer um
serviço, tentar resolver a vida das pessoas, de graça; está ali para tentar,
realmente, sobreviver.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Raul, eu
também, como o senhor falou no Projeto das carroças,
votei contra, porque penso que esse projeto deveria ser aprovado se houvesse
uma estrutura pronta para levar essas pessoas...
O SR. DR. RAUL: Inclusão social, não
é, Vereador?
O Sr. Alceu Brasinha: Exatamente. Aí, sim,
eu votaria favoravelmente. Votei contra, estive com o senhor. E nessa situação
do Projeto do Ver. Adeli voto a favor, porque ele quer o bem da Cidade, com
qualidade, não é Vereador? Estou junto com o senhor.
O SR. DR. RAUL: Estamos na mesma
linha, Ver. Brasinha, acho que temos que lutar pela inclusão social das pessoas
em primeiro lugar. E não podemos, simplesmente, retirar as carroças sem darmos
trabalho, sem darmos condições para que as pessoas sobrevivam com dignidade.
Até agora não estamos vendo, com clareza, de como essa retirada das carroças
vai ser feita. Já existem ações, o Ministério Público também está vendo essa
matéria, mas nós precisamos tomar medidas nas várias esferas do Município para
que possamos avançar nessa questão. É claro que queremos todos a Cidade com um
número menor de carroças, ou sem carroças, e as pessoas vivendo com mais
dignidade. Isso é que todos nós desejamos.
Quero, para concluir
esta minha manifestação, deixar bem claro que, enquanto a gente não consegue
fazer com que as pessoas tenham, realmente, essa dignidade necessária, nós
precisamos conviver em harmonia com as carroças que aí existem; procurar fazer
que haja a inclusão social, e dar no nosso voto favorável a projetos como este
do Ver. Adeli, que vêm no sentido de trazer mais higiene, mais saúde pública e
melhorias para o meio ambiente. Saúde para todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoo o
Requerimento do Ver. Toni Proença, que solicita representação desta Casa nos 88
anos do Partido Comunista do Brasil, PCdoB, no dia 25 de março de 2010, às 14
horas, na Assembleia Legislativa do RS.
Apregoo o
Requerimento do Ver. Mauro Zacher, que solicita representação desta Casa no
Seminário Latino Americano de Educação e Cultura na cidade de Alegrete, no dia
25 de março de 2010.
Apregoo o
Requerimento da Verª Sofia Cavedon, que solicita representação desta Casa na
Conferência Nacional de Educação, Conae, no período de 28 de março a 1º de
abril de 2010, em Brasília.
O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 275/01.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir
Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras, senhores e lideranças
comunitárias aqui presentes; o Projeto do Vereador colega e companheiro,
Presidente do meu Partido, Adeli Sell, é um Projeto simples, mas que propõe uma
mudança cultural na Cidade de Porto Alegre. O Ver. Dr. Raul, que me antecedeu,
referiu-se ao “implanta-se, quando puder”, “quando tem o entendimento”, e um
Projeto de Lei não se torna realidade por si só, principalmente, um Projeto
como este que apresenta uma mudança cultural para a Cidade, para todos,
principalmente para os usuários. Portanto, não precisa dizer aqui o que
significam os dejetos orgânicos que são espalhados pelas ruas da Cidade,
especialmente com relação ao saneamento, com relação às doenças que isso ajuda
a transmitir. Essa iniciativa é importantíssima para a saúde pública, para a
limpeza urbana e para a Cidade, a nossa Capital, a Capital dos gaúchos.
Quando se fala em cavalos, isso serve também para
as ditas cavalgadas, que são muitas, como bem sabe o Ver. Bernardino - que está
recebendo a comunidade, neste momento, no Salão Nobre. As cavalgadas, por onde
passam, geram um grande problema na cidade de Porto Alegre. Portanto, essa
medida, agora, deve ser discutida, deve ser analisada. E o Ver. Adeli propõe
que o Município, em 30 dias, regulamente essa lei. E aí quero falar justamente
sobre a regulamentação das leis. Nós aprovamos aqui, com um debate muito
intenso, um Projeto sobre o tema das carroças. Lá, naquele Projeto de Lei,
também se determinava, Ver. Adeli Sell, que, num prazo de seis meses, o
Município deveria iniciar a implantação da legislação que determina a retirada
gradativa das carroças do Centro da Cidade. O Executivo não fez nada até agora.
E essa afirmação de que o Executivo não fez nada não é minha, mas do Ver.
Sebastião Melo, ex-Presidente desta Casa. Na semana passada, tinha uma matéria
bastante grande nos jornais, criticando o Prefeito Fogaça por não ter assumido
a responsabilidade de implantar a lei das carroças na sua amplitude, e esta lei
que estamos aprovando aqui vem conjugada com essa política do tema da gestão
das carroças e do trânsito de cavalos de Porto Alegre, principalmente no
Centro; bem como, Ver. Adeli, nós aprovamos há poucos dias a autorização para o
Executivo Municipal contratar doze veterinários para trabalharem na SMIC e na
Secretaria Municipal de Saúde. Bem, são profissionais que poderão e deverão vir
a dar suporte à aplicação dessa técnica, inclusive de educação aos usuários,
àqueles que têm carroças. Nós sabemos aqui que a grande maioria das pessoas que
sobrevivem das carroças, principalmente na reciclagem, precisam de um apoio
técnico do Poder Público para que mantenham essa atividade, não em conflito com
a urbanidade e com a Cidade.
Portanto, o Projeto de Lei que nós aprovamos aqui
também vem ao encontro dessa técnica que o senhor propõe aqui neste momento.
Concluo aqui a minha fala, dizendo que é um Projeto importante, simples e
impactante. E eu tenho certeza absoluta, Ver. Adeli, de que o seu pedido aqui,
no início, certamente não surtirá muito efeito, porque muitos irão fazer
chacota, sim, dessa iniciativa, mas nós temos que defender as iniciativas boas
e que trazem uma orientação para a qualidade da Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLL nº 275/01.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e
senhores; para tratar aqui do Projeto de autoria do Ver. Adeli Sell, eu gostaria
de me dirigir a todos os Vereadores e gostaria de uma atenção toda especial,
especialíssima, dos Vereadores da Comissão de Constituição e Justiça. Repito, a
atenção do Ver. Reginaldo Pujol, a atenção da Verª Maria Celeste, do Ver. Luiz
Braz, do Ver. Waldir Canal, do Ver. Marcantônio, todos da Comissão de
Constituição e Justiça. Eu estou, agora, relatando um Projeto que é uma
homenagem à querida Comissão de Constituição e Justiça, que tanto respeito e
seus componentes também. Estou tratando de um Projeto do Ver. Waldir Canal, que
cria, no Município de Porto Alegre, o Programa de Envelhecimento Ativo. Esse
Projeto tem algumas previsões; no inc. I, do art. 3º, diz que o desenvolvimento
do Programa, para desenvolver ações, vai realizar eventos e atividades. O art.
6º diz que o Executivo Municipal regulamentará essa lei. O Parecer que existe
na Câmara, dado pela Auditoria, é de que esse tipo de proposta não pode vingar.
Existe uma Emenda do Ver. Mauro Zacher, retirando a
singela e central proposta do Ver. Waldir Canal, que diz que o desenvolvimento
do Programa Municipal de Envelhecimento Ativo consiste nas seguintes ações: 1 -
Realizar eventos e atividades subordinadas às Secretarias. Se os Vereadores de
Porto Alegre ou qualquer Vereador deste País não têm competência para dizer que
num Programa de Envelhecimento Ativo do Idoso, meu caro Ver. Luciano
Marcantônio, se nós não pudermos dizer que eles vão participar de realizações
de eventos iniciados pela respectiva Secretaria, então nós estamos com muito
pouca ou nenhuma competência.
Apresentei o Fundo Municipal do Idoso; Brasília
aprovou o Fundo Nacional. A partir do ano que vem, serão repassadas verbas para
os Municípios que tenham o Fundo Nacional do Idoso. Nós fizemos uma redação
inicial, e a Câmara nos autorizou, Verª Maria Celeste, através de suas
instituições técnicas, no sentido de dar uma redação igual para todos os
Fundos. O Fundo A, da criança, está relacionado no artigo da lei que trata da
criança, e o Fundo do Idoso, nosso, estaria relacionado a uma lei que criou o
Conselho do Idoso. Só que como aquela lei era autorizativa - ela foi revogada
por ser autorizativa, ou há um entendimento, não está escrito que fica
autorizado, isso que me chamou a atenção -, nós inserimos na lei que criou o
Conselho do Idoso. Portanto, nós precisamos repensar isso, porque senão nós
estamos tolhendo, tirando toda a nossa proposta.
Sou favorável à proposta do Ver. Adeli Sell, porque
ela mais ou menos segue o Projeto do próprio Ver. Waldir Canal, que estou
relatando. Acho que nós, enquanto Câmara, não podemos nos retirar tantos
poderes. É isso. Obrigado, voto favorável ao Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o
PLL nº 275/01.
O SR. LUIZ BRAZ:
Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, eu tenho o maior respeito e grande admiração
pelo Ver. Adeli Sell, então, com toda certeza, eu presto muita atenção às
proposições que são apresentadas por ele. Presto atenção a todas as
proposições, mas estou citando o Ver. Adeli Sell, porque, afinal de contas, é
um Vereador que merece de nós toda a consideração.
Em 2001, quando este Projeto foi apresentado pela
primeira vez, eu fui o Relator na Comissão de Finanças da Casa, e lá eu dei um
parecer que dizia que existe uma Lei Complementar, que é a Lei nº 395, de 26 de dezembro de 1996 - Código Municipal de Saúde -, que assim
dispõe (Lê.): “Art. 145 - Será de responsabilidade dos proprietários a
manutenção dos animais em perfeitas condições de alojamento, alimentação, saúde
e bem-estar, bem como as providências pertinentes à remoção dos dejetos por
eles deixados nas vias públicas. § 1º - Os animais não mais desejados por seus
proprietários serão encaminhados ao órgão sanitário responsável; § 2º - Em caso
de falecimento do animal, caberá ao proprietário a disposição adequada do
cadáver ou seu encaminhamento ao serviço municipal competente; § 3º - A remoção
dos animais mortos...”
Depois dessa
legislação, Ver. Reginaldo Pujol, houve uma tentativa deste Vereador de
legislar, tirando os animais, as carroças, das ruas centrais da Cidade. Nós,
aqui na Câmara Municipal, aprovamos o Projeto, e, Ver. Comassetto - V. Exª é um
grande Vereador, mas, de repente, talvez não saiba deste fato -, o Prefeito de
V. Exª, na época, vetou o Projeto que retirava as carroças da zona central da
Cidade. Nós, aqui na Câmara, derrubamos o Veto e o Presidente daquela época
promulgou a Lei. O Prefeito do Partido de V. Exª arguiu a inconstitucionalidade
na Justiça para não ter que cumprir a Lei, porque o Prefeito do Partido de V.
Exª, na época, o Dr. Raul Pont, achava que não tinha que cumprir a lei, que as
carroças tinham que continuar no Centro da Cidade e que os cavalos tinham que
continuar sujando o Centro da Cidade. Então, se nós não resolvemos o problema
até hoje, não é por causa do Prefeito Fogaça, e, sim, por causa do PT, que não
quis, em tempos passados, resolver o problema. Isso está tudo registrado, eu
não estou falando aqui nenhum absurdo. Existem todos os registros.
O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, o senhor sempre
traz à discussão - e tem na memória - os enfrentamentos e as divergências
políticas a respeito dos projetos que se desenvolvem na Cidade. Esse relato que
o senhor traz, do tempo da gestão da Administração Popular, serve aqui para um
relato de um processo passado. Mas, neste momento, há uma Lei que votamos aqui,
que discutimos e que está em vigência. Portanto, a não execução desta Lei recai
neste momento, sim, para a Administração do Prefeito José Fogaça. Se há uma lei
que nós aprovamos, nós temos que cobrar a sua implementação. A minha fala na
tribuna foi nesse sentido: de valorizar o trabalho que aqui estamos realizando.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 275/01, por cedência de tempo do
Ver. Mario Manfro.
O SR. LUIZ BRAZ: Está certo, Ver.
Engenheiro Comassetto, que nós temos hoje uma nova legislação, ou uma
legislação que foi possível, que teve a autoria do Ver. Sebastião Melo, que
encampou uma luta de algumas entidades protetoras de animais. Quanto a esse
texto que foi aprovado, inicialmente fui contrário à maneira como ele foi
implementado, porque eu gostaria que nós tivéssemos, primeiramente, Ver.
Engenheiro Comassetto, tirado os animais do Centro, deixado que os seus
proprietários pudessem ter as suas atividades nas regiões mais periféricas, e,
depois, quando o problema chegasse até lá, nós o atacaríamos. Eu acredito que a
maneira como foi feita não é a mais adequada, mas, em todo caso, como o Ver.
Sebastião Melo conseguiu passar o seu Projeto aqui, temos que, agora, lidar com
a Lei que existe na Cidade. Ora, esta Lei, Ver. João Antonio Dib, é de difícil
implementação. Nós, simplesmente, de acordo com o que diz o texto da Lei,
arrumarmos uma nova atividade para todos aqueles que exercem hoje o serviço de
transporte por carroça, Ver. Engenheiro Comassetto, vai ser, eu acho, uma
missão praticamente impossível. Eu sei que deve existir um esforço muito grande
por parte do Executivo Municipal para que essa Lei possa ser implementada, só
que eu duvido, Ver. Toni Proença, que nós tenhamos todas as condições para
implementarmos a Lei tal qual ela está escrita. Nós não vamos - e eu acho que
quem afirmar isso talvez esteja cometendo um erro - conseguir arrumar emprego,
ou uma nova atividade, para todas as pessoas que hoje fazem o transporte por
carrinho aqui no nosso Município. Vossa Excelência está dizendo que são cinco
mil... Não sei.
(Aparte
antirregimental.)
O SR. LUIZ BRAZ: Cinquenta mil? Olhe,
eu acho que seria realmente impossível que nós estivéssemos, hoje, tentando
implementar a Lei exatamente como ela está escrita - acho que ipsis litteris seria impossível. Por
isso eu sou favorável a que nós pudéssemos trabalhar aquele texto antigo, que
propunha que retirássemos esses veículos do Centro e os colocássemos para
circular na periferia.
O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.)
Quero cumprimentá-lo
pelo pronunciamento. Só quero corrigir a informação, como eu falei de lá, são
50 mil pessoas envolvidas, entre familiares e tal; nem todas têm atividade. São
quatro mil carroças que hoje estão licenciadas, e outros tantos carrinheiros, o
que envolve quase 50 mil pessoas, se contarmos que cada família tem quatro
pessoas.
O SR. LUIZ BRAZ: Vejam só, nós
estamos falando de 50 mil pessoas da Cidade! Não é pouca gente, Ver. Haroldo de
Souza. É muita gente! Então, com toda a certeza, eu acredito que precisamos
tratar desta Lei, é claro que sim!
Ver. Adeli Sell, como
V. Exª não estava presente, vou repetir: V. Exª é um Vereador apreciado por
todos nós aqui no Plenário pela luta que V. Exª faz. Acho que nós temos que
reescrever o texto com relação a poder retirar, paulatinamente, as carroças da
Cidade. Acho que, simplesmente, fazer uma lei para retirar o estrume, ou para
tentar coletar o estrume, é uma tentativa boa, mas acredito que vai ficar muito
ruim os carrinhos circulando pela Cidade, meu querido amigo Mario Manfro, que é
meu companheiro de Bancada, os cavalos com aquela bolsa coletora... Eu nem sei
como é que se pode implementar isso, como se pode fazer isso, sem judiar do
animal. Realmente eu não saberia como isso poderia ser feito, ou se isso existe
em algum lugar do Brasil ou do mundo, numa cidade pelo menos tão importante
como é o caso de Porto Alegre.
Com toda a certeza,
eu vou repetir, com todo o respeito que tenho pelo meu amigo Ver. Adeli Sell,
meu voto lá de 2001: voto contra o Projeto de Lei e a favor de uma outra
discussão para resolver este problema.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos o
Memorando nº 017/2010, do Gabinete do Ver. Engenheiro Comassetto, cientificando
esta Casa de que S. Exª esteve em representação dos dias 22 a 24 - hoje, pela
manhã - no V Fórum Urbano Mundial, que aconteceu no Rio de Janeiro.
Apregoamos o
Requerimento do Ver. Waldir Canal que solicita a retirada de tramitação do PLL
nº 066/09.
Apregoamos o Requerimento
do Ver. Waldir Canal que solicita a retirada de tramitação do PLCL nº 021/09.
O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 275/01, por cedência de
tempo de Ver. Mauro Pinheiro.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente,
Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, prezados
ouvintes, o Ver. Luiz Braz me motivou a voltar a esta tribuna para que nós
possamos continuar o debate a respeito das carroças em Porto Alegre. Volto a
dizer, sim, que o Projeto do Ver. Adeli é um complemento a uma política geral a
respeito da tração animal em Porto Alegre e também a respeito da utilização das
carroças. Volto a reafirmar que nós aprovamos uma Lei sobre o tema. Inclusive,
quando ela foi votada, Ver. Luiz Braz, depois de um longo debate - eu
acompanhei o senhor no voto, naquele momento -, fiz uma Emenda que dizia que
para iniciar a retirada das carroças, o Município deveria oferecer um Projeto,
já com dotação orçamentária, para apresentar os primeiros movimentos concretos
a respeito de como fazer essa transformação, essa metamorfose. A Emenda foi
derrotada! Uma das críticas que fiz, à época, ao Projeto do Ver. Sebastião Melo
foi de que é um Projeto que diz: tiram-se as carroças num prazo de oito anos.
Bem, é uma iniciativa, mas uma iniciativa por si só não se implementa. Como a
Lei já está em vigor, e o Executivo não fez a tarefa de casa até então,
que é resolver o problema do trânsito por tração animal em Porto Alegre.
Eu trago novamente a esta Casa, aos colegas Vereadores,
principalmente ao Líder do Governo, que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente
está devendo para a Cidade e principalmente para os galpões de reciclagem o
licenciamento, para que eles possam realizar a comercialização do material
reciclado de uma forma direta com as indústrias. Hoje eles têm que vender a um
segundo, a um terceiro, que fazem um trâmite.
Fizemos um debate aqui com todos os recicladores,
com aqueles grupos já organizados, já instituídos, que hoje são 13 grandes
galpões de reciclagem em Porto Alegre. Essa tarefa, que é relativamente fácil,
não foi implementada, que é a de dar licença ambiental para que os galpões de
reciclagem possam revender. O que tem a ver isso, Ver. João Dib, que me
pergunta de uma forma um tanto indignado? Isso tem a ver que os galpões que
utilizam esse meio de transporte, tendo o licenciamento, eles podem vender
diretamente o seu material. Vendendo direto, vão ter, mais ou menos, 100% de
ganho a mais. Com isso poderiam aplicar em tecnologia: em carros elétricos, em
um outro veículo de transporte, ou em pequenos caminhões, para poderem
substituir as carroças. Portanto, isso tem que vir dentro de uma política do
Município.
Ver. Luiz Braz, informo que vai haver nos próximos
dias, coordenado pelo Governo Federal, a Conferência Nacional da Geração de
Renda, ou dos pequenos investimentos, dos pequenos empreendedores, pequeno
negócios, inclusive alternativos, grupos de trabalho. Hoje, há o Ministério da
Ação Social, que inclusive tem recursos para esse tipo de atividade, mas o
Município tem que elaborar projeto. Eu vejo, na tecnologia existente hoje, com
muita tranquilidade, que as carroças poderiam ser substituídas pelos pequenos
carros elétricos. Ver. Brasinha, eu sei que temos que dar estrutura, mas é o
que eu já havia dito: o Ministério da Ação Social tem recursos, mas se o
Município não fizer o projeto e não encaminhar, os recursos não virão ao
Município.
Portanto, nós estamos aqui voltando a um velho
debate que é a falta de projetos para resolvermos alguns problemas estruturais
e sociais da Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais quem queira discutir, passamos à
votação da Emenda nº 01 ao PLL nº 275/01. (Procede à leitura da Emenda.)
Em votação nominal, por solicitação desta
Presidência, a Emenda nº 01 ao PLL nº 275/01. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 20 votos SIM e 05 votos NÃO.
Em votação nominal, por solicitação desta
Presidência, o PLL nº 275/01. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 06 votos NÃO.
Solicito às Lideranças que compareçam à Mesa para
definirmos a sequência da votação. (Pausa.)
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, na sequência há dois Projetos, de
minha autoria, na Ordem do Dia, que tratam da questão de tributação do
Município de Porto Alegre, o PLCE nº 016/05 e o PLCL nº 023/05. Nós precisamos
ainda fazer um diálogo com as demais Bancadas para colocá-los em votação. Nesse
sentido, peço que sejam retirados da prioridade do dia de hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Engenheiro Comassetto, que solicita a retirada de priorização da Ordem do Dia
de hoje do PLCE nº 016/05 e do PLCL nº 023/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Waldir Canal, que solicita a retirada de tramitação da Ordem do Dia do PLCL nº
021/09 e do PLL nº 066/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 023/10 – (Proc. nº
1192/10 – Ver. Luiz Braz) – requer Moção de Solidariedade à Câmara
Federal pela votação do Projeto de legalização dos bingos.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento nº 023/10, de Moção de
Solidariedade à Câmara Federal, de autoria dos Vereadores Luiz Braz, Haroldo de
Souza, Adeli Sell e Reginaldo Pujol. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de
Solidariedade à Câmara Federal.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, com toda a certeza o Ver. Adeli, o Ver.
Reginaldo Pujol, o Ver. Haroldo e este Vereador assinaram esta Moção, mas ela
deverá ser assinada por todos os Vereadores, porque eu lembro das discussões
que tivemos aqui, quando nós estávamos tratando da legalização dos bingos. Eu
lembro do desespero daquelas pessoas que trabalhavam nos bingos da Cidade, e
que tinham nos bingos praticamente a sua única fonte de sustento; e eu lembro
do desespero dessas pessoas, vindo até aqui, à Câmara Municipal, solicitando,
Ver. Marcello, que nós pudéssemos fazer alguma coisa para que os bingos não
deixassem de existir. A argumentação que existia naquela época, Ver. João Dib,
era que o jogo estava, na verdade, acabando com a vida de muitas pessoas, que
existiam pessoas que estavam se viciando, pessoas que estavam gastando mais do que
podiam gastar no jogo. Só que essas pessoas continuaram jogando, elas
continuaram gastando mais do que podiam gastar, e aquelas pessoas que dependiam
do jogo para poder sobreviver, que eram as pessoas que trabalhavam nessas
casas, ficaram prejudicadas. Essas, na verdade, tiveram que procurar outras
fontes de sustento para continuar com as suas missões, de estudar, de criar as
suas famílias, criar os seus filhos, e assim por diante.
Ora, depois de muito tempo, chegou-se à conclusão,
no Congresso Nacional, de que aquilo, que existiu há algum tempo, da forma como
foi tratado, foi um erro; que se podia, realmente, ter um outro tipo de
encaminhamento, porque as pessoas, em todo o Brasil, principalmente, aqui no
Sul do Brasil, saem daqui e vão jogar lá no Uruguai, ou, aquelas pessoas que
querem jogar em cassinos, vão jogar na Argentina, porque nesses locais o jogo é
franco.
Ora, o que nós precisávamos fazer? Nós precisávamos
criar uma tributação que fosse capaz de fazer com que houvesse um benefício da
sociedade neste jogo que era realizado, para poder beneficiar não só a parte
esportiva, como já aconteceu há algum tempo, mas que também a assistência
social pudesse receber um aporte, e que nós pudéssemos ter, então, uma
sociedade um pouco melhor, financiada pelo jogo.
Ora, vai existir um financiamento, por parte do
jogo, de praticamente 34% da arrecadação. Trinta e quatro por cento da
arrecadação, de acordo com este Projeto que está sendo votado em Brasília, vão
ser transferidos para a assistência social, para esportes e para outros setores
dentro da sociedade, através de tributação.
Então, eu acredito que os nossos Deputados, Ver.
Reginaldo Pujol, chegaram a um nível bastante aceitável. Eu acho que 34% de
tributação, em cima de jogo, é uma tributação boa, eu acho que não precisa ir
muito além disso. É claro que tem que sobrar a parte do jogador, Ver. Haroldo -
que também é um aficionado em jogos, assim como também sou, o Ver. Reginaldo
Pujol e outros tantos aqui -, e uma parte tem que sobrar para a administração da
casa, porque isso é absolutamente normal. Mas essa parte, que é discutível, que
é a parte de tributos, nós não sabemos se tem que ser mais ou menos, mas acho
que 34%, Ver. João Dib, é um percentual razoável para que nós possamos tributar
essa área do jogo a fim de que setores da sociedade, que precisam ser
financiados pelo jogo, possam ser financiados. Um desses é o setor de
assistência social, que, na verdade, sempre é carente de recursos. E é o que
nós teremos através desse Projeto que será votado em Brasília. Por isso essa
Moção de Solidariedade a esse Projeto, que agora está sendo votado. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni Proença está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à
Câmara Federal.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, quero aqui, em nome do PPS, me solidarizar a essa Moção de
Solidariedade ao Projeto que cria a possibilidade da reabertura dos bingos no
Brasil. Nós tivemos, por falta de fiscalização, por falta de normatização e
regulamentação, por falta de intervenção do Estado, o fechamento dos bingos.
Isso não pode se dar assim, porque sempre que se proíbe alguma coisa, o que se
faz é levar essa coisa para a clandestinidade, quando ela já está impregnada na
cultura do povo. O povo continua jogando bingo, joga bingo clandestinamente,
com isso não há arrecadação para o Erário, e, com isso, há também outro tipo de
contravenção, que termina se somando aos bingos e aos caça-níqueis. Quando a
gente consegue legalizar isso, a gente dá transparência ao processo, dá a
possibilidade de arrecadação ao Erário, e, com isso, os recursos dos impostos e
taxas gerados pelos bingos fazem com que os governos possam trabalhar melhor as
suas finalidades, atender melhor as populações. Foi uma grande ilusão achar que
fechando os bingos, se acabaria com o jogo. Não se acabou com o jogo; o jogo
continua, só que clandestinamente.
Melhor legalizar os bingos, legalizar as máquinas
caça-níqueis. Aliás, temos exemplos não muito longe, ali no Uruguai e na
Argentina, locais onde o jogo já está legalizado, gerando entretenimento,
movimentando a indústria do turismo, e, mais do que isso, gerando taxas,
impostos e muitos empregos.
Nós observamos que, com o fechamento dos bingos,
muitos empregos foram encerrados, foram fechados e muitas oportunidades
poderiam ter sido criadas.
O Governo, em vez de intervir de maneira a
regulamentar, a sanear as imperfeições, as incorreções e as ilegalidades, achou
muito mais prático e muito mais cômodo fechar os bingos.
Acho que esta Câmara de Vereadores deve, portanto,
assinar e enviar essa Moção. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar o Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à Câmara
Federal.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, não sou
contra o jogo, até porque sempre afirmo que quem joga por necessidade perde por
obrigação. Mas acho um desaforo, num País onde o jogo é proibido desde 1946,
que a Caixa Econômica Federal mantenha dez jogos diferentes, e a população não
recebe nem a metade das quantias que são jogadas E isso porque o Imposto de Renda
e a taxa de administração levam grande parte dos recursos jogados. Então, não
vejo porquê de não fazer com que o bingo seja legalizado.
É claro que eu tenho boa memória, e acho que muitos
dos porto-alegrenses também têm memória igual à minha ou até melhor, e eu não
esqueci o caso de uma diretora de escola aqui de Porto Alegre que, jogando no
bingo, perdeu quantias consideráveis que
pertenciam à escola em que ela era diretora. De repente, ela teve que
desaparecer da escola. Portanto, é claro que é um jogo em que as pessoas podem
perder dinheiro, mas, se souberem jogar, podem jogar com pouco dinheiro e
passar bastante tempo. E, como disse o Ver. Toni Proença, o Erário Municipal e
provavelmente o Estadual podem receber recursos que hoje não são entregues ao
Município nem ao Estado e nem à União.
E ainda mais: se
legalizado, nós poderemos ter a oportunidade de empregos para aqueles que vão
cuidar do jogo, para aqueles que vão cuidar do bar, que eventualmente acompanha
a casa de jogo para fornecer bebidas e lanches aos apostadores. Digo isso,
mesmo sendo contrário ao jogo, mas em razão dos dez jogos que a Caixa Econômica
Federal mantém, e mantém com publicidade, dizendo que a sorte é igual para
todos. Não é verdade; algumas pessoas têm sorte e outras não têm. Então, dizer
que a sorte é igual para todos é um absurdo que a Caixa Econômica Federal
pratica nas emissoras de rádio do Brasil.
Então, vamos deixar
aprovar o bingo e vamos fiscalizá-lo conveniente e corretamente. E, com isso,
como eu disse, nós vamos criar empregos, e como disse o Ver. Toni Proença, o
Erário vai receber recursos. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
023/10, de Moção de Solidariedade à Câmara Federal.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu não vou ser repetitivo; as razões que
justificaram o nosso apoiamento a esta proposição já foram muito bem colocadas
pelo Ver. Braz e pelo Ver. Toni Proença. O Ver. Toni Proença não me surpreendeu
com a sua manifestação; conheço a sua posição de outras circunstâncias e de
outras situações. Eu apenas e tão somente quero, Sr. Presidente, apelar à Casa
para que, com a maior velocidade possível, os documentos relativos à decisão da
Casa cheguem até Brasília, a fim de que, nessa audiência marcada para
quarta-feira, já possam ser apresentadas como uma demonstração do apoiamento
dos Vereadores de Porto Alegre. Eu acredito que seja unânime a decisão, porque
é óbvio que foi um erro que se cometeu em fechar os bingos por razões que eu
não quero nem trazer à baila novamente. Pouco importa o que aconteceu no
passado; o que releva é o que deve acontecer agora: um movimento forte, maciço,
de apoio à reabertura dos bingos nas novas condições que estão sendo negociadas
na Câmara Federal.
Por final, Sr.
Presidente, eu gostaria de sugerir a V. Exª o seguinte: a Casa deveria escolher
um representante, que não fosse eu - eu jamais poderia fazer uma proposição
cujo objeto posterior fosse eu. Mas acho que o Ver. Braz, ou o Ver. Adeli, ou o
Ver. Haroldo deveriam estar na próxima quarta-feira lá em Brasília, com essa
decisão da Câmara Municipal em mãos, para, de corpo presente, manifestar a
nossa solidariedade àqueles que se propõem, de uma vez por todas, a acabar com
essa iniquidade e promover a reabertura dos estabelecimentos onde o bingo é
praticado em todo o território brasileiro.
É isso, Sr.
Presidente, eu faço o apelo de peito aberto; tenho, há muito, posição nesse
sentido. O Ver. Adeli, em inúmeras circunstâncias, esteve conosco; o Ver. Braz
e o Ver. Haroldo, da mesma forma. Então, agora é o momento definitivo: ou se
liquida com este assunto ou vai ficar mais um daqueles tantos assuntos dos
quais se vive da discussão e se morre com a solução. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Mesa
apregoa Declaração de Impedimento para assumir a Suplência do Ver. Mario Fraga.
Assim, convidamos para a posse a Suplente, conforme licenciamento do Ver.
Tarciso Flecha Negra, a Vereadora Suplente Neuza Canabarro.
(Procede-se à entrega
do Diploma e da Declaração de Bens.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito que
os presentes, em pé, ouçam o compromisso que a Verª Neuza Canabarro prestará a seguir.
A SRA. NEUZA CANABARRO: “Prometo cumprir a
Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, defender a autonomia municipal,
exercer com honra, lealdade e dedicação o mandato que me foi conferido pelo
povo.” (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Declaro
empossada a Verª Neuza Canabarro, que ocupará a Comissão de Educação, Cultura,
Esporte e Juventude - CECE. Seja bem-vinda, Srª Vereadora.
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à Câmara Federal.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo; amigos e amigas, eu não poderia deixar de vir à tribuna
para falar sobre este nosso pedido do envio de Moção de Solidariedade aos
Deputados, em Brasília, para a aprovação deste Projeto que vai oficializar o
bingo, os jogos em nosso País.
Eu sou contra as
maquininhas, porque elas trazem mutretas. As maquininhas, essas em que todos
gostam de jogar e que se encontram em qualquer boteco de esquina nas vilas de
Porto Alegre; isso aí tem mutreta.
Eu sou bingueiro e, por conseguinte, estou vibrando
com o fato que vai acontecer, na próxima quarta-feira, em Brasília, que será a
liberação dos bingos. Fico feliz pelo Projeto que vai ser aprovado, mas lamento
que o Governo vai interferir nisso aí, Dib, porque nós só criamos tributos, nós
sempre precisamos arrumar dinheiro para o Erário, porque precisamos de dinheiro
para a Saúde, precisamos de dinheiro para a Educação, e, que diabos! A
quantidade de dinheiro que é arrecado neste País ninguém sabe para onde vai.
Para citar um exemplo: a Mega-Sena, essa que deu problema em Novo Hamburgo, no
valor de 53 milhões de reais; sabem quanto foi arrecadado para juntar esse
dinheiro, esses 53 milhões? Setecentos e dezoito milhões! Sobraram, para os
apostadores, 53 milhões. Foram arrecadados 718 milhões de reais! Onde é que vai
esse dinheiro? Para onde vai o dinheiro da Lotomania, da Quina, que agora tem
sorteio diariamente? Todos os dias nós temos o jogo da Quina; a Tele Sena, duas
vezes por semana; Mega-Sena, duas vezes por semana.
E a Caixa Econômica Federal, agora, também vai
bancar o bingo, tirando 34%! Perdeu a graça. Onde o Governo bota a mão para
tirar dinheiro, perdeu a graça, porque, para os apostadores, aqueles que vão
lá, fazer do bingo o seu momento de lazer, vai sobrar pouco, e, para o Governo,
de novo, um montão. E para onde vai todo esse dinheiro, Dib?
Nós somos a oitava economia do planeta pelo
dinheiro que é arrecadado em tributos, em impostos, pela Receita Federal - essa
famigerada Receita Federal, com esses quilométricos 34% que levam sobre o nosso
dinheiro todo o fim de mês. E, depois, todo final de ano nós temos, de novo,
que prestar contas à Receita Federal. Para onde vai todo esse dinheiro? Porque
para a Saúde vem pouco, para a Educação tem muito pouco. Eu fico sem entender.
Eu estou vibrando, pois assinei esse manifesto; vou
torcer fervorosamente para que o bingo seja liberado, principalmente porque nós
estaremos criando, no País, 320 mil novos cargos, novas vagas de emprego de
forma direta; 320 mil novos empregos, em todo o Brasil, através do bingo! Mas
lamento que, de novo, o Governo vai botar a mão em cima, e não me presta
contas. Como Vereador e Jornalista tenho insistido, seguidamente, pedindo à
Caixa Econômica Federal os números da Mega Sena - só os da Mega Sena; não me
incomodo com as outras modalidades como Lotomania, Quina, Supersena, não -, só a
Mega Sena. Eu gostaria de saber para onde está indo esse dinheiro. Quer dizer,
a gente sabe, mas deixa assim.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à
Câmara Federal.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, com seu lenço vermelho;
Senhoras e Senhores Vereadores, é com muita alegria que vejo a Verª Neuza
Canabarro chegando aqui, ela que foi uma excelente Vereadora, com quem aprendi
muito. Fico feliz em ter a oportunidade de vê-la assumir, novamente, como
Vereadora. Ver. Haroldo de Souza, quando se trata de bancos, como a Caixa
Econômica Federal, eu não gosto, porque cobram todo tipo de juro, cobram por
qualquer coisa, e têm as taxas muito caras. Mas vou defender e votar
favoravelmente esta Moção, porque os bingos davam muito emprego, e eu mesmo
participei de várias caminhadas pelo Rio Grande em lugares onde havia bingos,
em favor dos empregos que ali eram gerados, e muitos empregos. Vejam bem, o
cidadão que esta lá, fazendo a sua aposta - é um divertimento para os
aposentados -, não pode, é proibido a ele. Por que não proíbem os assaltantes,
os ladrões, os traficantes? Isso, sim! Mas uma atividade como essa, que eleva a
autoestima das pessoas, Ver. Marcello Chiodo - V. Exª que também apoia e fez
caminhadas em favor do emprego -, eu apoio, principalmente quando se trata de
emprego, sempre serei favorável. Uma Moção dessas, com certeza, deve ser levada
a Brasília e entregue em mãos, Ver. Haroldo, se for possível, porque nesta casa
todo mundo apoia e vota favoravelmente a ela.
Ver. Dib, o senhor que foi Prefeito desta Cidade,
que tanto trabalhou por esta Cidade, sabe como é difícil quando chega a
fiscalização, e a polícia fecha um estabelecimento. Isso é vergonhoso para o
proprietário, para os que estão ali, apostando. Então, vamos legalizar; eu
gostaria que fosse legalizado, mas também gostaria que se baixassem os
impostos, porque quando o Governo mete a mão, cada vez é muito! Então, sou
contra a se pagar muito imposto; todo mundo deve pagar, mas aquilo que é certo
e adequado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à
Câmara Federal.
O SR. ADELI
SELL: Ver. Bernardino; colegas Vereadores e Vereadoras, este tema é velho e,
até certo ponto, cansativo. É o cúmulo da hipocrisia o fato de estarmos, em
2010, debatendo a legalização dos jogos no Brasil. Houve um Presidente da
República, que era casado com uma senhora extremamente devota, e, por suas
razões de foro íntimo, não gostava do jogo do bicho; aí o jogo foi proibido no
Brasil. No entanto, em cada esquina, faz-se jogo do bicho. Eu já vi fazerem o
jogo do bicho nos corredores desta Casa, como em vários outros lugares. Eu não
sou o detentor da Lei, mas também não me peçam para fazer o papel de polícia,
porque não é um caso de polícia, e nunca foi.
O problema que se coloca é que há pessoas que
poderiam se viciar em jogos. Sobre isso eu quero dizer que pessoas que se
viciam em jogos são ludopatas, pessoas que bebem e têm problemas com o álcool
são alcoólatras, e assim por diante. Essas pessoas têm de ser ajudadas
psicologicamente, quando não com tratamento, inclusive médico, profissional e
medicamentoso - se eu estou falando a palavra correta, Dr. Lucio Barcelos. Essa
é a verdade, essa é a realidade.
Os jogos no Brasil, não legalizados, já deram
margem para tudo e tudo que é possível fazer na ilicitude; à bandalheira. Há
condições, Vereador Líder do Governo, Valter Nagelstein, de controlar o jogo?
Claro! Por exemplo, a Universidade de Santa Catarina tem um software para controlar até as máquinas.
O que nós estamos defendendo aqui é a legalização dos jogos, é a garantia de
empregos. Nós temos a nossa Superintendência Regional do Trabalho para
verificar se as pessoas estão trabalhando as 44 horas e, caso estejam
trabalhando mais, se são devidamente pagas. Nós temos todos os mecanismos
legais para controlar o jogo hoje, através da Caixa Econômica Federal.
Dezessete por cento do arrecadado nos jogos iria para atividades importantes:
14% desses 17% iria para a Saúde.
Legalizar os jogos no Brasil, é imperioso;
fiscalizá-los, mais ainda! Agora, não tem como fiscalizar jogos na
clandestinidade: fecha num dia, abre no dia seguinte. Se as senhoras e os
senhores quiserem saber onde tem um bingo neste momento, nós sabemos, mas aqui
ninguém é alcaguete e, como nós defendemos os jogos, nós não vamos passar isso
de mão beijada para ninguém, para absolutamente ninguém, porque eu defendo o
jogo legalizado.
Eu já fui Secretário Municipal da Produção,
Indústria e Comércio e mostrei, taxativamente, concretamente, que é possível
nós termos o controle de atividades na Cidade. É só ter vontade política, é só
fazer a aplicação da Lei. Legalizem os jogos no Brasil e façam a fiscalização,
que pessoas estarão trabalhando. Hoje, quando vamos ao Uruguai, Argentina é só
passar o Porto Soberbo - um minúsculo lugar ao lado de Tiradentes, uma
minúscula cidade no noroeste do Rio Grande do Sul -, do outro lado da balsa há
um pequeno cassino; passando São Borja, encontramos São Tomé onde há cassino,
e, assim, sucessivamente. Nós vamos para o Uruguai e encontramos cassinos, não
só no luxuoso Conrad Hotel, mas encontramos também em outros lugares. Se formos
a Santiago do Chile, encontraremos, Ver. Haroldo de Souza, cassinos
particulares e, inclusive, em Viña Del Mar, há um cassino público. Assim é na
Europa, assim é no mundo inteiro. Deve haver três países no mundo, não mais do
que meia dúzia, talvez, em que os jogos sejam proibidos, e um deles é o Brasil.
Pelo contrário do que se pensa, do que se diz, e pelo contrário da hipocrisia
que reina neste País, nós podemos ter jogos legalizados, empregos garantidos,
fiscalização de A a Z. Por isso que, na discussão que há no Congresso Nacional,
a minha Bancada na Câmara Federal e no Senado da República já tem posição: o PT
é favorável à legalização dos jogos no Brasil. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à
Câmara Federal, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu conversava com os Vereadores do PSOL
- com o Lucio, pelo menos -, e a nossa opinião de oposição é muito semelhante à
expressa pelo Ver. Adeli, mas com outros aspectos que nós queremos acrescentar,
aqui, à ideia da legalização.
Está provado que tudo o que é proibido acaba
trazendo consequências muito piores do que a atividade que se avalia, que, não
sendo boa, temos que proibir. Então, o funcionamento dos bingos, Ver. Haroldo,
por não ter um controle, por não ter uma regra, uma normatização, e, portanto,
uma possibilidade de fiscalização, em muitas situações se prestou à lavagem de
dinheiro, a várias situações não desejáveis.
Eu poderia tratar aqui da questão da droga, tão
controversa, que, em certa medida é muito semelhante, nas consequências, ao que
acontece com as famílias, com as pessoas que jogam, de forma bastante viciada e
continuada, tanto que, por vezes, terminam com o patrimônio e com a estrutura
da família. E o problema da droga é muito agravado, porque, no País e no mundo,
o crime organizado se estruturou devido ao tráfico de drogas. Há dados
importantes, por exemplo, da comercialização proibida do ópio, na China, em que, posteriormente à proibição, à repressão, aumentou o
consumo do ópio. Há pesquisas que demonstram isso.
Nós estamos vivendo
um drama social enorme no País. Há todos os esforços de pacificação a que
estamos assistindo no Rio de Janeiro, os protestos em cidades, protestos muitas
vezes pelo outro lado, quando é preso o chefe da droga, porque ele representava
uma segurança, uma organização naquele espaço. Isso demonstra o tamanho da
distorção; quando uma sociedade não encara um problema social, ela não encara,
não enfrenta quando não regulamenta, quando não traz para a legalidade. Então,
talvez a gente pudesse ter outro tipo de relação se fosse legalizada a droga no
País: teria que pagar imposto, teria que registrar quem compra, poderia tratar
como um problema social; poderia fazer campanha de prevenção, seria outra
lógica. E assim também em uma outra dimensão, em outro aspecto, o tema da
criminalização do aborto. O aborto que, por um lado, é uma decisão da mulher
sobre o seu corpo, que lhe é negada, que é proibida, por outro, é realizada em
massa no País por mulheres de todas as classes sociais. E o Ver. Adeli Sell
falava em hipocrisia, e é verdade, a sociedade é hipócrita, porque a mulher da
classe média e média alta faz o aborto quando não quer ou não desejou a
gravidez. Faz o aborto mais protegido, é ilegal, mas é mais protegido, é mais
caro. Agora, a nossa menina, a nossa jovem, a nossa mulher pobre submete-se a
situações dramáticas de perda, inclusive de seu útero, de perda da saúde, de
perda da vida, porque nós continuamos tratando hipocritamente esse problema no
País.
Então, é nesse
sentido a minha intervenção. Eu não tenho nenhum acordo, eu acho muito ruim; as
pessoas perdem o seu sentido de vida, pois o seu envolvimento, o seu prazer
está vinculado ao jogo. Pessoalmente, acho muito ruim, não desejo para ninguém,
mas não nos serve, a ilegalidade não ajuda. Não ajuda tratarmos o jogo como um
fato social, com os cuidados que ele tem que ter, com o controle que tem que
ter, desde a questão do negócio até a questão humana, para enfrentar o problema
do vício, enfrentar o problema dos exageros.
Então, nós apoiamos a
Moção, porque a sociedade, encarando os seus problemas de frente, pensando
soluções, com certeza, vai evoluir. Enquanto que, deixar passar e varrer
para debaixo do tapete e, simples e comodamente proibir, nós não teremos
solução.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 023/10, de Moção de Solidariedade à
Câmara Federal, pelo Governo.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nobres colegas, público que nos
acompanha nas galerias, senhoras e senhores, eu estou, por um momento, Srs.
Vereadores, findando o meu trabalho neste Legislativo. Eu acho que isso era uma
prerrogativa do Sr. Vice-Prefeito, daqui a alguns dias Prefeito Municipal, mas
hoje foi tornada pública a informação. Não fui eu que tornei pública a
informação, mas também não posso desmenti-la. Seria um equívoco e uma
hipocrisia, pois é exatamente o que nós buscamos combater. Não gostaria de
terminar essa experiência - e eu agradeço e muito a convivência que tive com os
Vereadores - e o mandato que o povo me outorgou para desempenhar uma nova
missão sem deixar claras algumas posições, Ver. Mauro Pinheiro, porque eu acho
que nós vivemos das posições que nós adotamos. Então, eu quero me posicionar de
forma muita clara com relação a essas questões. Eu tenho dificuldades com a
extrema-esquerda e eu tenho dificuldades com a extrema-direita; eu tenho
identidades com bandeiras de esquerda e tenho identidades com bandeiras de
direita. Eu tenho dificuldades, acima de tudo, com esses rótulos. Vejam bem, a
questão do aborto; eu sou contra o aborto por uma simples razão: para mim, não
é o direito da mulher que está em jogo, mas é o direito do nascituro, da
criança. Esse direito, sim, precisa ser tutelado. Obviamente que quando há
ameaça à vida da gestante, ou quando aquele filho é fruto de uma violência,
como o estupro, aí deve se permitir o aborto. Mas não se deve ter o aborto como
política por esta razão, porque, para mim, o direito que mais vale é o direito
da criança. E essa é uma bandeira, muitas vezes, do conservadorismo ou é uma
bandeira da extrema-esquerda.
Quanto à questão dos jogos, por exemplo, eu acho
que nós precisamos livrar o cidadão dos grilhões do Estado. Não pode alguém vir
aqui, Vereador Pujol - e aí é uma posição liberal -, dizer como é que os
Vereadores Pujol, Valter, Haroldo podem ou devem se comportar em determinadas
circunstâncias, naquilo que é da minha esfera pessoal e do meu livre arbítrio.
Por isso, Ver. Luiz Braz, eu acho que deveria ser liberada a roleta, o
Blackjack, o cassino, mas sou contra, por exemplo, o caça-níquel eletrônico,
porque aí, sim, tem uma falsificação. Ali tem um software que é programado, que é construído, para iludir, Verª
Neuza, o cidadão de boa-fé que vai lá gastar suas economias.
Então, volto a dizer, a posição é muito clara: eu
acho que é uma hipocrisia cercearmos o jogo, quando, na verdade, só o Estado,
no Brasil, pode patrocinar o jogo, e nós termos essa questão dos caça-níqueis,
por exemplo, por aí, que se reprime, mas não se reprime, se faz vista grossa. É
como o jogo do bicho, que já deveria estar liberado, porque faz parte da
própria cultura brasileira. Em todos os lugares se faz jogo do bicho.
Então, vamos acabar com essas hipocrisias! Eu
queria deixar claras essas minhas posições, porque elas não se enquadram nem
aqui nem acolá. Há uma discussão da Verª Sofia Cavedon, que vai mais ou menos
nessa mesma esteira e é extremamente polêmica, mas eu não tenho medo de
enfrentar nem de externar minha posição.
Outro dia ouvi o Ver. Nilo Santos falar com muita
veemência sobre a questão da maconha. Eu sou um advogado com experiência na
área do Direito Criminal e não reconheço a maconha como elemento criminógeno,
mas reconheço como elemento criminógeno o crack,
a cocaína, a heroína, que devem sofrer a repressão mais veemente possível, cujo
tráfico deve ser considerado crime hediondo, sem direito à progressão de
regime. Mas eu acredito, por exemplo, que a maconha não é um elemento
criminógeno. Eu estou na mesma esteira - e nesse aspecto eu até me considero
bem acompanhado - do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Sei que não é uma
discussão fácil, sei que é uma discussão polêmica, mas quando eu vejo que o
álcool é liberado, quando eu vejo que várias drogas na farmácia podem ser
compradas, eu não encontro nessa questão específica de que eu estou falando,
esse elemento criminógeno suficiente para torná-la uma droga do mesmo porte, do
mesmo quilate, e sequer eu me rendo ao argumento de que é uma porta de entrada
para as outras drogas, porque aí pode ser também o cigarro e pode ser também o
álcool. Acho que são questões extremamente polêmicas, mas nós precisamos
discutir.
Dessa forma, o meu apoio ao presente Projeto,
porque eu acho que isso faz parte da esfera de liberdade do cidadão, e nós
temos que ter livre arbítrio. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 023/10, de Moção de
Solidariedade à Câmara Federal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
pela unanimidade dos presentes.
Solicito o comparecimento das Lideranças para que
possamos acertar o prosseguimento dos nossos trabalhos. (Pausa.)
Encerrada a Ordem do Dia. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 5328/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 047/09, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS –, pelo trabalho realizado por seu Instituto de Física.
PROC.
Nº 0886/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/10, que cria a
Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito
da Administração Centralizada do Poder Executivo Municipal, estabelece a
competência e as finalidades, cria cargos em comissão e dá outras providências.
PROC.
Nº 0943/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/10, que cria Funções
Gratificadas na Controladoria-Geral do Município (CGM), da Secretaria Municipal
da Fazenda (SMF), extingue Funções Gratificadas lotadas na Secretaria Municipal
de Administração (SMA), na Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) e na
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e altera a redação da letra “c” do Anexo I
da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, nós hoje estamos iniciando um período especial da Casa em que,
evidentemente, nós estamos nos adaptando a uma situação absolutamente regular
que é uma decorrência da tecnologia aplicada às relações da Casa. Os nossos
períodos de Comunicações, de Pauta, enfim, de apoiamento, de encaminhamento a
Projetos, a Requerimentos serão rigorosamente de cinco minutos, porque assim
determina o Regimento Interno da Casa e assim estabelece o nosso controle
eletrônico que passamos a ter.
É evidente que neste momento em que nós discutimos
os assuntos que se encontram na Pauta, eu tenho alguma dificuldade no sentido
de que peguei aqui a relação dos assuntos que estão na Ordem do Dia, e não é
exatamente sobre eles que quero falar. Mas neste meio-tempo está sendo entregue
a relação dos Projetos que estão em Discussão Preliminar de Pauta à minha
assessoria, que esta está providenciando para que chegue às minhas mãos.
Tenho que dizer a respeito deles o que é óbvio que
deveria ser dito: todos demonstram, com muita clareza, a capacidade e a
propriedade com que os assuntos são tratados nesta Casa, com a devida
responsabilidade. Vejam os senhores que, entre os assuntos que estão em
discussão preliminar, já em 2ª Sessão, nós temos, por exemplo, o Projeto de Lei
do Executivo nº 002/10, que cria a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do
Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada do Poder
Executivo Municipal, estabelece a competência e as finalidades, cria Cargos em
Comissão e dá outras providências. Este Projeto chegou aqui mais ou menos
coincidentemente com os festejos do Dia Internacional da Mulher, que ocorreu há
poucos dias, e naturalmente está merecendo a nossa devida atenção.
Também é
meritório o outro Projeto de origem do Executivo, o PLE nº 003/10, Ver.
Bernardino Vendruscolo, que conduz os trabalhos desta Sessão. Este Projeto cria Funções Gratificadas na
Controladoria-Geral do Município (CGM), da Secretaria Municipal da Fazenda,
extingue Funções Gratificadas lotadas na Secretaria Municipal de Administração,
na Secretaria Municipal da Fazenda e na Secretaria Municipal de Saúde. É a
Controladoria que começa a ser implementada em toda a sua extensão.
Eu tenho uma posição, já
colocada em outros momentos, que eu não diria de reserva, mas de cautela, com a
proliferação de órgãos de controle que a estrutura pública brasileira vem
tendo.
Hoje mesmo aqui se
discutiu, e aqui está o Ver. Sebastião Melo informando dos acontecimentos que
ocorreram no Tribunal de Contas do Estado, quando, no nosso entendimento, houve
uma extrapolação do Ministério Público do Tribunal de Contas com relação a
situações da estrutura interna deste órgão legislativo da cidade de Porto
Alegre. Pois bem, o mesmo ocorre com relação ao controle dos gastos públicos.
São inúmeros os órgãos que estão cuidando disso. Eu participei, a convite da
Câmara dos Deputados, devidamente credenciado por esta Casa, de um seminário
que ocorreu em torno de março do ano passado, em que se fez uma análise a
respeito dos inúmeros órgãos que tratam do mesmo assunto neste País. Então,
hoje nós temos mais órgãos controlando do que órgãos executando as políticas
públicas.
Por isso, quero dizer que voltarei a falar desse
assunto, já que o meu tempo está terminando, e quero aprofundar o exame desta
matéria. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs.
Vereadores, hoje eu utilizo o tempo de Liderança do PDT - amparado pelo Ver.
Luciano Marcantônio, pela Verª Neuza Canabarro, pelo Ver. Ervino Besson e pelo
Mauro Zacher, que entrou em contato conosco, para eu falar também em seu nome
-, para esclarecer uma questão veiculada num dos jornais do Município, que diz
respeito ao PDT - não cita a fonte. É importante deixar bem claro,
principalmente para que possamos manter a base de Governo unida e caminhando
nesse mesmo sentindo.
Chamou-me muita atenção essa colocação do jornal
Correio do Povo, da jornalista Flavia Bemfica. E eu faço esse reparo,
principalmente no ponto em que ela menciona a dimensão dos Partidos.
É muito importante quando se fala, principalmente
na questão da liberdade de imprensa, que se possa também colocar a
responsabilidade da imprensa. É importante que, nas questões vinculadas à vida
das pessoas - e na minha área é o planejamento familiar - quando falamos de
liberdade sexual, falamos de responsabilidade sexual. E aqui falamos de
responsabilidade de imprensa.
Essa jornalista, infelizmente, não estava num dia
feliz hoje, principalmente quando se referiu, na nota, ao PPS, talvez um dos
aliados mais fiéis que há nesta Gestão; talvez um dos parceiros mais ativos que
temos nas lutas em conjunto, e vou citar algumas para vocês.
Quando falo no Ver. Paulinho Ruben Berta, por
exemplo - e o pessoal do bairro Rubem Berta é importante que saiba disso -, o
Paulinho foi o cara que iniciou a frente parlamentar pela escola técnica do
eixo da Baltazar, uma situação que muitos diziam que era um absurdo, que não
iria sair do papel, que não iria iniciar. Talvez tenha sido a mais prestigiada
frente parlamentar, no seu início. Quando falo do Ver. Paulinho Ruben Berta,
lembro-me das suas conquistas também; lá na Unidade de Saúde São Cristóvão, da
reforma que houve. E como é importante, para quem trabalha no posto de saúde,
ter o seu posto em boas condições, porque, senão, não consegue exercer o seu
trabalho! Quando falo do Paulinho Ruben Berta, eu me lembro, Paulinho, do
ginásio que vai servir para telecurso na tua comunidade e vai auxiliar a Frente
Parlamentar Antidrogas a tirar as crianças da rua. Quando falo nele, lembro-me
e olho para esse novo edital e vejo nele a liberação de recursos licitados para
mais uma Unidade de Saúde no bairro Rubem Berta.
Não é só o Paulinho, o PPS. O PPS é do tamanho do
Elias Vidal; o Elias que é Secretário da Frente Parlamentar Antidrogas, que tem
unido o seu projeto Vida e Saúde no combate à drogadição, principalmente na
questão vinculada ao tratamento dos drogados. Quando me lembro do Elias, lembro
a participação dele no Conselho, no controle social de entorpecentes, no Comen
- Conselho Municipal de Entorpecentes -, sem falar da questão da presidência da
CUTHAB, que vai possibilitar, junto com o DEMHAB, que se avance muito com
relação à moradia.
Não são só os dois: nós temos aqui o Toni. O Toni,
que foi fundamental no ano passado, vai continuar sendo este ano, Toni, mas foi
fundamental, no ano passado, na presidência da Comissão de Entidades. Ele foi
fundamental na situação que parecia impossível, que foi a reforma do Plano
Diretor, e principalmente na aprovação do Departamento de PSF... (Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): Infelizmente, Vereador Dr. Thiago, agora temos um
controle eletrônico, depois do aviso não conseguimos mais reabrir. Em Tempo de
Liderança não tem como ceder o tempo. Obrigado.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.)
O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.)
Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h51min.)
* * * * *